segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Gaúcho CRENTE!!!



Agora que o sol começa a aparecer
Vejo o pé de milho faceiro
A Deus agradecer.

Uma fina neblina se forma
E passa a meio monte encobrir.
O jovem poeta se esbalda
De tanto sorrir.

Quer ele voltar
Para sua meditação
Mas a natureza lhe chama
Para continuar a canção.

Minha visão não se cansa
De o belo admirar,
Uns dizem que são meus olhos
Mas não posso acreditar.

Há ao meu redor um excesso de beleza,
Exagero de perfeição.
Cada detalhe organizado
Milimetricamente pensado.

É como se cada coisa que existe
Encaixasse perfeitamente.
Não entendo como alguém resiste
A admitir que Deus esteja presente.

Os átomos nas folhas
Intensamente põe-se a agitar
Confirmando assim
Que o sol está a brilhar.

Como pode tudo isso
Ser fruto do acaso?
Vejo o fungo no tronco seco da mangueira.
Mas chê! Que baita arraso!

A sica de inteso verde
O pessegueiro a repousar.
Se o céu é melhor que Caraá
Então é lá que quero morar.

Escuto o rio
Faceiro escoando.
Escuto a cachoeira
E o canário-terra cantando.

A laranjeira fazendo sombra
E a parreira a brotar.
A romãzeira observa
A ponkan frutificar.

A grama crescendo rápido
Perto da taipa de pedra
E a taquareira do outro lado.
Como é bela essa serra!

A Deus vou louvando.
Meu chimarrão,
Vou tomando.
Lembrando dos amigos
Ao bom Deus vou celebrando.

E de onde vem
Toda essa inspiração?
Do sangue vertido na cruz
Pra me dar a salvação!

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